Após o SC Braga-Benfica, os presidentes dos dois clubes falaram aos jornalistas teceram críticas à equipa de arbitragem e ao VAR.
Salvador considerou que o Sp. Braga foi prejudicado e que os dois golos do Benfica foram precedidos de faltas de jogadores das águias. Para o dirigente do clube minhoto, a equipa de arbitragem não esteve à altura de um grande jogo e de duas grandes equipas.
"Toda a gente sabe que o que aconteceu desde o último jogo que o Tiago Martins apitou, que foi um jogo do Benfica. Desde aí, nunca mais apitou e, portanto, vocês sabem bem o que é que aconteceu. E portanto, é pena que se metam, que se condicionem, que não se criem as condições à volta dos árbitros e do VAR, porque fala-se muito de arbitragem", salientou, defendendo a qualidade de Tiago Martins. "E hoje nós tivemos aqui um excelente árbitro, que é um grande árbitro do estilo português [João Gonçalves], tivemos aqui um grande VAR, um excelente VAR, que é o Tiago Martins, só que não estavam reunidas as condições para eles desenvolverem o bom trabalho que sabem fazer", frisou.
"Pena é que não se tivesse reunido as condições todas para que tudo o resto à volta deste jogo pudesse desenvolver o seu trabalho. E a prova que as condições não foram reunidas viu-se logo aos 7 minutos em que o jogo fica condicionado por um penálti de um pisão na área sobre o Pau. Na mesma jogada há um pontapé no Moutinho, que tenta chutar à baliza, e com o toque a bola sai por cima. E golo do Benfica, no primeiro golo, há um empurrão sobre Moutinho, que o tira da jogada, e o Otamendi faz golo, portanto, é uma falta atacante. E no segundo golo do Benfica há uma falta clara sobre o Ricardo Horta e que não se pode dar a lei da vantagem. É falta e não deveria ter acontecido o golo", enumerou.
"Nós devemos proteger a arbitragem, as pessoas responsáveis devem proteger a arbitragem do VAR e criar todas as condições para que eles possam desenvolver os seus trabalhos, mesmo aqueles que são os melhores", terminou.
Rui Costa apontou o dedo ao golo anulado a Dahl, considerando que o golo do lateral sueco, que daria o terceiro golo do Benfica, era limpo, e concordou com António Salvador na ideia de que Tiago Martins não tinha condições para ser VAR neste encontro.
"Um bom jogo de futebol, duas boas equipas, primeira parte do Sp. Braga, a segunda do Benfica. Fica um golo anulado que está para ser explicado e não consigo encontrar explicações. O 3-2 a que Mourinho se refere é de um lance que não nos parece em nada falta. Mas é o que é. Deixámos aqui mais dois pontos, quando aquele golo, que nos poderia ter dado a vitória, é um golo limpo", começou por dizer.
"O último jogo que tinha feito era o da Taça de Portugal e ver esta falta e não ter visto o que se passou na final da Taça de Portugal... Estamos de acordo. Estamos exatamente de acordo. O Sp. Braga tem direito de se lamentar daquilo que entender, eu estou aqui na condição de presidente do Benfica. Fica um golo limpo, completamente limpo, e que acabou por ser anulado de forma inacreditável. O Benfica vai continuar a questionar o que se tem passado no futebol português e certos árbitros que tal como António Salvador disse, e bem, porque me ajudou a fazer essa leitura", criticou.
"Podemos ficar a 10 pontos de desvantagem, não era aquilo que queríamos a chegar a dezembro. Não esperávamos, de todo, estar a 10 pontos do primeiro classificado. Curiosamente, chegámos com esta desvantagem sem derrotas e com três empates em casa. Temos de continuar a acreditar no título. Da mesma forma que perdemos estes pontos, os nossos adversários também podem perdê-los. Ainda temos muito para lutar. Ninguém vai atirar a toalha ao chão. Ninguém vai desistir agora, posso garantir isso aos benfiquistas", terminou.